Expedições Fora de Estrada

Embora também praticadas através do uso de veículos 4x2, buggies e motocicletas, convencionou-se chamar de expedições off road ou fora-de-estrada aquelas viagens mais ou menos longas, realizadas a bordo de veículos com tração nas 4 rodas por ambientes naturais tais como: trilhas, praias, desertos, dunas, estradas de terra, ou seja, por caminhos alternativos de acesso muito difícil ou mesmo impossível para o tráfego de veículos convencionais.

Em nosso país, além das expedições ou roteiros turísticos longos, com seus obstáculos, atrativos naturais e culturais únicos, (e que de outra forma não seriam acessíveis ao turista), são também realizados passeios fora-de-estrada curtos de 1 dia, surgindo mais como transporte de apoio privilegiado para a realização de outras atividades.

Equipamento Completo de Segurança

  • Snorkel (elevação da entrada de ar do motor para travessias em água);
  • Cintos de segurança para todos os passageiros;
  • Caixa de ferramentas;
  • Rádio de comunicação;
  • GPS – navegação por satélite (não essencial, porém desejável);
  • Telefone celular, com antena externa;
  • Cintas, cabos e/ou guincho;
  • Pranchas para desatolamento;
  • Macaco hi-lift (não essencial, porém desejável);
  • Kit de primeiros socorros.

O jipe deve ser segurado e vistoriado pelo DETRAN, INMETRO e MTur / EMBRATUR e equipado com os itens acima.

buggies

Boa prática 1

Obedeça às restrições de tráfego em áreas naturais protegidas, como nas UC’s (Unidades de Conservação).

Boa prática 2

Antes de viajar, informe-se sobre os atendimentos de emergência próximos ao local.

Boa prática 3

Deixe um roteiro da sua viagem com alguém de confiança para facilitar o resgate, caso necessário.

Em expedições, o risco maior acontece quando a viagem se desenrola por rodovias, principalmente naqueles trechos mais afastados dos centros urbanos, devido a presença eventual de animais na pista e pelo próprio risco inerente de trafegar nas estradas brasileiras (buracos na pista, insegurança, motoristas imprudentes etc).

Assim, podemos enumerar alguns riscos que existem nas expedições fora-deestrada, tais como:

  • Quebra do veículo em área afastada de apoio mecânico;
  • Atolagens em praias ou em travessia de rios a beira-mar onde é grande o risco do veículo ser “levado” pela maré;
  • Travessia de balsas artesanais;
  • Animais grandes cruzando ou “passeando” nas estradas;
  • Excesso de passageiros;
  • Viagem à noite.

Assim, se você for aventurar-se pelas infinitas trilhas do nosso Brasil continente em uma expedição fora-de-estrada, existem cuidados que você deve tomar, a começar da própria pesquisa entre as empresas que atuam no setor.

Procure sempre saber:

 

  • Qual a qualificação mínima do condutor. Observe seu comportamento durante a viagem, verificando se conduz em velocidade adequada ao local, se avalia previamente a pé a profundidade e consistência do solo em travessia de rios ao longo da trilha, se diminui a velocidade ao aproximar-se de aglomerações de pessoas etc;
  • Se a operadora consultada é devidamente registrada no Ministério do Turismo/Embratur;

Quais os modelos de veículos utilizados, se estão em bom estado de conservação, se são homologados para transporte de turistas pelo Ministério do Turismo/Embratur e se dispõem de cintos de segurança para todos os passageiros e demais equipamentos obrigatórios exigidos pelo CONTRAN;

Equipamentos específicos para a prática da atividade

Equipamentos Coletivos :

Jipes em bom estado de conservação, segurados e vistoriados pelo DETRAN, INMETRO e MTur / EMBRATUR.

Equipamentos do Condutor:

Uniforme que o identifique como tal; telefone celular.

Equipamentos do Passageiro:

Cinto de segurança dentro do veículo.

Orientações ao condutor

Enquanto atividade motorizada, as expedições fora-de-estrada são uma das atividades off-road mais impactantes ao meio ambiente. Por isso, alguns cuidados extras devem ser tomados de forma a minimizar a presença dos jipes, tais como:

  • Evitar trafegar com muitos jipes em ambientes naturais frágeis;
  • Evitar trafegar por zonas costeiras onde ocorre desova de tartarugas ou por áreas onde por qualquer outro motivo possa agredir-se a fauna local;
  • Evitar trafegar por áreas de vegetação e solo sensíveis ao peso dos jipes;
  • Obedecer às restrições de tráfego em áreas naturais protegidas, como nas UC’s (Unidades de Conservação);
  • Não lavar o jipe em lagoas, rios ou outros ambientes aquáticos naturais protegidos;
  • Não trafegar em alta velocidade em ambientes naturais para não correr o risco de atropelar animais silvestres ou mesmo provocar acidentes diversos;
  • Trafegar com velocidade reduzida nas trilhas;
  • Reduzir a velocidade com bastante antecedência antes de cruzar áreas com qualquer concentração de pessoas. Isso vale principalmente para o tráfego por praias, onde é grande a possibilidade de haver crianças “surgindo do nada” à frente do veículo ou mesmo pessoas deitadas tomando sol;
  • Ter conhecimento em atendimento emergência.

Orientações ao usuário

O usuário deve ser informado sobre a atividade completa antes do início da expedição. Em particular, deve-se informá-lo sobre condutas conscientes com a sustentabilidade do meio ambiente como:

  • Não deixar lixo na trilha;
  • Não interferir negativamente no cotidiano dos moradores das pequenas localidades visitadas, evitando-se ruídos elevados, ou provocar distúrbios diversos.

 

 

 

Para verificar se uma empresa de turismo é registrada, consulte o site do Ministério do Turismo www.cadastur.turismo.gov.br