“Esperamos dos órgãos competentes, que fiscalizem os parques abertos ao público, destinados a ecoturismo e turismo de aventura, trilhas (trekking) e passeios em cachoeiras, que exijam sinalização de perigo nas trilhas precárias e nos pontos mais perigosos à vida humana, que exijam equipes de funcionários treinados a dar informações sobre os pontos perigosos ou mesmo impedir o acesso, que existam equipes de resgate permanentes e, muito importante: controle responsável na entrada e na saída dos parques.
Iniciamos a Campanha #cachoeirasseguras após uma trágica e dolorosa realidade:
No dia 23 de dezembro de 2016, o jovem professor de Física Carlos Brasileiro Pita (31 anos) foi tomar um banho de cachoeira. Escolheu a do Indaiá, por ser a mais próxima de Brasília, pensava em passar a tarde e voltar para casa (o local chama-se Fazenda CITATES, é composto de extensa área com várias cachoeiras denominadas Indaiá, Itiquira, Véu de Noiva etc). Chegou, estacionou, preencheu formulário de entrada, deixando como contato o nome e telefone de seu pai, PAGOU a entrada, entrou e não saiu mais. Escorregou numa trilha, caiu e bateu com a cabeça”.
No dia 23 de dezembro de 2016, o jovem professor de Física Carlos Brasileiro Pita (31 anos) foi tomar um banho de cachoeira. Escolheu a do Indaiá, por ser a mais próxima de Brasília, pensava em passar a tarde e voltar para casa (o local chama-se Fazenda CITATES, é composto de extensa área com várias cachoeiras denominadas Indaiá, Itiquira, Véu de Noiva etc). Chegou, estacionou, preencheu formulário de entrada, deixando como contato o nome e telefone de seu pai, PAGOU a entrada, entrou e não saiu mais. Escorregou numa trilha, caiu e bateu com a cabeça”.
Como caiu ficou, até ser encontrado sem vida 4 dias depois pelos bombeiros e policiais que realizavam a busca, atendendo o pedido de socorro da família que há 4 dias o procurava em Brasília, desconhecendo seu paradeiro, acionando órgãos públicos competentes.
No entanto, o carro do nosso filho Carlinhos ficou estacionado no mesmo local, durante 4 dias, bem na entrada da cachoeira onde cobraram e registraram sua entrada, sem que nenhum funcionário do parque tomasse qualquer providência de identificação e comunicação com o contato registrado na entrada. Ali e em várias outras cachoeiras, o controle é só na entrada, na hora de arrecadar. Passou dali, nada mais se tem… nenhuma sinalização adequada de trilhas (na Cachoeira do Indaiá existem relatos de que muitas delas são precárias e improvisadas), nenhuma segurança, nenhuma vigilância, nenhum controle de saída… NADA. Apenas o mercantilismo sem regras nem pudor. Nosso filho, Carlos Pita, nunca mais irá à nenhuma outra cachoeira, nunca mais voltará à vida. Mas, não podemos deixar que esta prática ilegal e sem o menor controle, se perpetue.
Queremos segurança, controle e respeito em todos os parques e locais de turismo de aventura que cobram entrada. Queremos que todas as pessoas, jovens, crianças e adultos, apreciadores da Natureza, possam ter mais sorte do que Carlinhos. Queremos que todos possam desfrutar com segurança, de seus hábitos saudáveis, de suas paixões, de seus hobbies.
Queremos que o funcionamento desses ditos “parques” seja regulado e siga os mesmos padrões de segurança e controle praticados nos Parques Oficiais, que seguem regras devidamente estabelecidas pelos orgãos competentes, cujo não cumprimento está sujeito à sanções e multas.
Não queremos que outras famílias passem pelo que passamos, aguardar 4 dias para descobrir que ele estava caído sem vida na propriedade, enquanto seu carro esteve estacionado lá durante todo este período e seu nome e contatos registrados na portaria. Teria sido muito menos doloroso para nós termos recebido um telefonema ao final do dia 23, ou no dia seguinte, avisando que o carro estava abandonado e nosso filho desaparecido naquele parque. Hoje foi nosso filho. Mas e amanhã, quem será o próximo? Não queremos que outros pais e mães passem pelo que estamos passando. Não queremos mais escutar outras tantas noticias assim… Queremos #cachoeirasseguras.
Na imprensa são frequentes e inúmeros os registros de acidentes fatais com jovens e na Cachoeira do Indaiá outro jovem (27 anos) escorregou e morreu, no mesmo lugar do nosso filho Carlos Brasileiro Pita, apenas 15 dias após sua morte. Este parque precisa ser fiscalizado.
Vários países têm se mobilizado para fiscalização e controle destes parques naturais destinados à visitação pública, sejam eles governamentais ou propriedade privada, devido à alta incidência de mortes entre jovens visitantes.
Vários países têm se mobilizado para fiscalização e controle destes parques naturais destinados à visitação pública, sejam eles governamentais ou propriedade privada, devido à alta incidência de mortes entre jovens visitantes.
O Brasil é um país riquíssimo em quedas d’água e cadeias de montanhas propícias a trilhas, que vêm sendo exploradas financeiramente pela indústria do turismo, e precisa urgentemente de mais controle e fiscalização oficial.
Vamos tocar esta Campanha. Chega de descaso com a vida humana em parques de turismo ecológico ou de aventura!